terça-feira, 12 de julho de 2016

PUBLICIDADE na UNESP 2016


Bem, vamos junto com Pondé e assumir que é possível medir a musculatura de uma vida em sociedade através da veiculação de publicidades e propagandas. Mas feito isso, ainda resta a seguinte questão: como as pessoas devem lidar com os excessos da propaganda? Dá uma olhada na publicidade dessa singela sandalinha da Xuxa... E aí, como você reagiria se a sua filha, a sua irmãzinha ou até mesmo o seu irmãozinho se sentisse excitado pela simulação de orgasmo aderisse à causa da sandália? Você processaria a Xuxa? Iria brigar com o Governo? Ou assumiria a responsabilidade por ter deixado a pequena ser educada pela TV? Delicado, né?

PUBLICIDADE E ENCANTAMENTO
Bem, como o nosso tema é bem forte, nós vamos dividir a leitura do enunciado em duas partes para melhor compreendê-lo. A UNESP, com a sua sofisticação de sempre, resolveu tratar dos impactos sociais da publicidade. Vamos ao enunciado da questão 57 da prova da UNESP realizada em 15/05/16.
Como você deve notar, se trata de um enunciado consistente que exige muita concentração para que você compreenda as condições econômicas desenvolvem estímulos de nível afetivo e simbólico. Ou seja, numa leitura mais imediata: a nossa posição social envolve alguma coisa como status e prestígio. E quando a pessoa descobre o mecanismo, ela não vai querer ficar de fora, né?
Bem, vamos voltar ao enunciado. Como se vê, a autora trata de esclarecer o funcionamento do discurso publicitário: ele é construído de maneira a ser persuasivo, convincente, sempre positivo e transparente para que a mercadoria seja capaz de encarnar os mais quentes e íntimos desejos de seus consumidores.
Dessa forma, a alternativa correta é a “LETRA C” que traduz o enunciado ao reconhecer que a principal função da estética, da linguagem publicitária é comunicar, é suscitar, é prometer ascensão, aceitação e status sociais através do consumo. Vejamos as outras alternativas:
ü  A “LETRA A” é uma asserção típica de pessoas que demonizam a publicidade e acreditam que só os pedagogos são capazes de salvar o mundo, o que, convenhamos, nunca foi verdade;
ü  A “LETRA B” é o teu canto de sereia: é provável que você já esteja viciado em questões frankfurtianas! Calma e perceba que a questão exige que você reconheça a função da estética publicitária;
ü  A “LETRA D” está completamente fora de contexto, afinal o enunciado te diz que a linguagem publicitária opera no nível da alienação, e não no nível do esclarecimento;
ü  A “LETRA E” diz o oposto do enunciado, certo? Afinal, a partir da lógica do enunciado, quanto mais a publicidade jogar com os estereótipos, maior serão as suas chances de êxito, não?

FETICHE É MOEDA
Como se vê, a UNESP gosta de trabalhar com textos que jogam com as nossas condições emocionais e psicológicas. Isso mesmo, é bastante comum vocês encontrarem citações que abordam como a economia, a publicidade e a ciência demonstram como muitos de nossos comportamentos podem ser motivados por questões afetivas, emocionais e psicológicas, isto é, nem sempre são motivos racionais.
Agora, para encerrar, talvez seja interessante voltar às questões iniciais: o que fazer frente aos excessos da publicidade? Bem, a resposta não seria fácil e nem simples, mas talvez seja válido, antes de tudo, considerar que, muitas vezes, o problema não é a publicidade em si, mas os fatores humanos por trás dela. Portanto, antes de criticar qualquer publicidade, lembre-se que você é responsável por aquilo que você consome. O que nos resta é, portanto, divulgar o nosso canal: mantenha contato, mande suas dúvidas e abraços! 
Abraços e até a próxima!
Profábio

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