quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

A UEM E DURKHEIM

A UEM E DURKHEIM

Eu e você sabemos que a Sociologia é filha da sociedade industrial do século 19, certo? Além disso, sabemos que lá nas suas origens, entre Durkheim e Weber, a grande questão da Sociologia era tratar de compreender as engrenagens e o desenvolvimento de uma sociedade tal como essa que vemos no filme do brasileiro Leon Hirzman. Siderurgia, linha de produção e classe operária: eis três elementos fundamentais da modernidade que estimularam o desenvolvimento da Sociologia. Como veremos em Durkheim na UEM.

DURKHEIM E O PROGRESSO
É provável que você já tenha ouvido isso que vou dizer, mas como estudo também envolve repetição, vamos lá: Emile Durkheim é considerado o fundador das Ciências Sociais, pois esse professor universitário desenvolveu um método de observação e de investigação sociais a fim de estudar as recorrências na sociedade. Dessa forma, a sociologia passa a ter um objeto de estudo, os fatos sociais, e um método de intervenção a fim de garantir a ordem e o progresso sociais.
Pois é, costuma-se dizer que a sociologia durkheimiana traz como referências o positivismo de Augsute Comte e a perspectiva evolucionista de Darwin. Isso significa dizer que, em Durkheim, só nos interessa estudar aquilo que é exterior e anterior aos indivíduos e, portanto é mais forte do que eles: os fatos sociais, tais como a família, a religião e as tradições. Sim, a perspectiva durkheimiana é conservadora.
Por outro lado, pode-se que nele se encontra uma confusão entre desenvolvimento tecnológico e progresso moral, ou seja, existe uma perspectiva evolucionista à medida que se encara a divisão social do trabalho como um triunfo da civilização europeia diante de outras sociedade ditas periféricas que ainda seriam marcadas por uma divisão sexual do trabalho. Oras, deveria ser o máximo ter a seguinte paisagem social.
Se você fosse um francês/a do século 19, você compraria fácil essa ideia positivista. Mas como você é um latino-americano/a do século 21, é provável que  você chame isso de “eurocentrismo”. Bem, sendo assim vamos à questão 01 da prova da UEM de inverno de 2016

Como já comentamos aqui, a UEM nos traz uma prova técnica, fria e conceitual: ou você conhece bem os cabeças ou... não. Aqui não há contexto, não há charges e nem músicas pop: deixe isso pro ENEM, ok? Como se lê, o autor enfatiza como Durkheim privilegia a especialização profissional é um fator de desenvolvimento histórico, pois ela gera, estimula a reciprocidade, a mutualidade entre as pessoas de maneira que a sociedade se torna cada vez mais amalgamada, mais unida, mais coesa. Sendo assim, vejamos qual será a nossa somatória
ü  A NÚMERO 01 é adequada porque em Durkheim os fatores individuais valem menos diante das questões macros, estruturais e de longa duração, tais como a moral coletiva;
ü  A NÚMERO 02 também é adequada, mas aqui precisaríamos de mais uma aula somente para tratar do tema “suicídio” em Durkheim. Por ora, vale dizer que ele considerou a hipótese dos suicídios manterem íntima relação com a crise dos valores morais, econômicos e nacionais, ou seja, coletivos;
ü  A NÚMERO 04 não é adequada, oras, esse papo de “classe social” é próprio de uma sociologia marxista;
ü  A NÚMERO 08 é positivista, ops, durkheimiana: você já se perguntou se o lema da bandeira é um reflexo da sociedade brasileira? Ou vice-versa?
ü  A NÚMERO 16 não nos é adequada porque as questões individuais e subjetivas estão fora do horizonte do enunciado. Leia-se: em Durkheim você é o que fizeram de você.
ü  PORTANTO, A SOMATÓRIA É 1+2+8: 11

POSITIVISMO E DARWINISMO SOCIAL
Para encerrar, vale enfatizar que a perspectiva positivista encara como a sociedade foi para dizer e valorizar como a sociedade é. Explico: “positiva” é a ordem, a regra, a norma, a lei. Por isto falamos então de gadgets: dispositivo é tudo aquilo que captura, disciplina, domestica e adestra corpos, emoções, hábitos e costumes.
Dessa forma, que tal jogar um pouco dessa luz durkheimiana sobre os nossos ditados populares. Que tal: “aos amigos, tudo; aos inimigos, a lei”? Ou então, “farinha pouca, o meu pirão primeiro”.  Oras, se eles atravessaram o túnel do tempo e ainda são presentes, talvez ainda tenham muito a dizer sobre eu e vocês, brasileiros e brasileiras, certo?
Bem, esperamos que continuem conosco, afinal “quem puxa aos seus, não degenera”.
Abraços e até a próxima!

Profábio

A UEL E O ANARQUISMO

A UEL E O ANARQUISMO
PROF. FÁBIO MONTEIRO

E aí, bora dar um pulo na alvorada do 19 pra conhecer um pouco do berço do anarquismo? O filme se chama “Libertários” e foi realizado em 1976 com o apoio da Unicamp dentro do projeto “Imagens e História da industrialização do estado de São Paulo” que procurou resgatar a história das lutas sociais no seio da formação da classe operária brasileira. Bem, vamos seguir adiante para compreender como a UEL trata desse tema.

OPERARIADO E ANARQUISMO
O filme teve como ponto de partida a recuperação de fotos pessoais do líder anarquista Edgar Leuenroth, cujos arquivos foram guardados pelos filhos num galpão aqui no Brás. Então, a partir das fotos, o filme exercita um recorte histórico para demonstrar a participação dos imigrantes italianos e espanhóis na formação social e política da classe operária brasileira em meio às duras condições de trabalho com jornadas de trabalho de até 16 horas.
A grande contribuição do filme foi o destaque dos anarcosindicalistas na formação da nossa classe operária, já que a historiografia tradicional, até os anos 70, dava mais peso aos comunistas. Dada essa introdução, vejamos a questão 60 da prova da UEL de 2016

Como se lê, a questão problematiza o conceito de ideologia a fim de demonstrar como as ideias, os valores e as mídias são expressões das condições econômicas e materiais de uma determinada realidade.
Aqui, vale um minuto de aprofundamento: Marx foi o pioneiro na crítica da categoria ideologia na modernidade ao publicar em 1846 o seu texto, a Ideologia Alemã. Rapidamente, esse texto trata de demonstrar como não são as ideias, mas sim a atividade humana o motor da sociedade.
Em outras palavras, a novidade aqui é revelar como não existe nenhuma equivalência entre natureza e sociedade: ao contrário, moral, conceitos, religião, partidos políticos e meios de comunicação são ideológicos porque são expressões e, ao mesmo tempo, determinam a realidade histórica. Ou ainda, para encerrar esse raciocínio, basta se lembrar da máxima marxiana: “Os homens fazem a sua própria história, mas não a fazem segundo a sua livre vontade; não a fazem sob circunstâncias de sua escolha e sim sob aquelas com que se defrontam diretamente, legadas e transmitidas pelo passado”. Sendo assim, vejamos as alternativas:
ü  A LETRA A está equivocada na perspectiva smithiana, a atividade econômica se autorregula de acordo com dedicação e disciplina dos indivíduos;
ü  A LETRA B também está fora de cogitação porque existem várias correntes dentro do comunismo e, depois, porque esse papo de habitação está fora do nosso horizonte;
ü  Quanto à LETRA C, olha a pegadinha: o liberalismo é a superação do mercantilismo, certo?
ü  A LETRA D está adequada ao enunciado ao desnaturalizar aquilo que é social e político, portanto responde a questão;
ü  Quanto a LETRA E, bem, ela não pode ser porque, como diria a Mme. Tatcher, não existe isso de “sociedade”, o que existe são homens, mulheres e famílias;

O CINEMA É SOCIAL
Antes de terminar, que tal ouvir um pouco das palavras do realizador Lauro Escorel, que, aliás, é um dos maiores montadores brasileiros (ENTREVISTA 5’40”). É em momentos como esse que podemos identificar como a manufatura, o gestual e o exercício da profissão também é um fator decisivo na construção de nossas identidades sociais, certo?
Abraços e até a próxima!

Profábio

A UEL E ADORNO

A UEL E ADORNO

Vem, cá, lembra-se de Apolo, aquele deus solar, transparente e exemplo de um ethos justo e correto? Saca só o que ele andou aprontando no século 20. Uma cena forte, não? Afinal, nós humanos somos os únicos animais capazes de decupar, analisar e intervir sobre a própria animalidade. Mas há um problema aqui: capacidade é sinônimo de competência, e competência é sinônimo de poder... E o poder, como sabemos, seduz, encanta, fascina e é capaz de cegar os animais que se dizem racionais.

ESCLARECIMENTO É ALIENAÇÃO
Bem, você já deve ter notado que a nossa conversa hoje vai exigir uma atenção extra. Lá vai: eu e  você temos em comum que o positivismo é resultado do otimismo iluminsta, ou seja, tal como um bom iluminista, um positivista também acredita que educação é sinônimo de aprimoramento social e de que ‘ciência’ é sinônimo de progresso.
Dessa forma, quando lhe disseram a guerra é apensa a extensão da política por outros meios, você vestiu a farda e partiu para as trincheiras pra defender aquilo que chamam de nação, mas você não esperava por isso E sabe o que foi pior, o choque foi tamanho que você não encontrou palavras para explicá-lo, para lidar com ele, e daí olha só o resultado... E então, deu para perceber um pouco do espírito de época que marca a galera frankfurtiana? Bem, dado o cenário de horror, façamos a interpretação do enunciado questão 35 da prova da UEL de 2016 em dois momentos.  

O livro “Dialética do Esclarecimento” foi publicado no final dos anos 40, quando os autores já estavam exilados nos EUA. Como se lê, é um texto denso que trata de como o exercício da ciência também é lunar, ou seja, envolve forças impulsivas, psicológicas e irracionais capazes de tornar tudo semelhante e tudo passível de ser metrificado, medido e, portanto, computado, negociado e comodificado. Feitas as anotações, adiante:
Traduzindo o raciocínio frankfurtiano, assim, ao ser capaz de desumanizar aquilo que é humano, a ciência também se torna insuficiente para lidar com os seus próprios desafios e limites. Em uma palavra, com os frankfurtianos, eu e você nos lembramos de Nietzsche que já nos aconselhava a olhar com desconfiança toda aquela tradição filosófrica ocidental que, desde Sócrates até Kant, nos dizia que bastava ter bom senso, sensatez e ser racional para levar uma vida boa.
Agora, meu velho, esqueça, pois o século 20 nos demonstra que a história também é feita de ruínas, de lacunas e o pior, quea razão não é senhora em sua própria casa. Sendo assim, vejamos as alternativas:
ü  A LETRA A não nos interessa devido ao seu fatalismo: oras, a alienação não é um “preço inevitável”. Digamos que, numa escala individual, ela pode ser evitada à medida que as pessoas tomem consciência de que elas só são donas daquilo que calam, e não daquilo que falam, certo Freud?
ü  A LETRA B não nos interessa porque os frankfurtianos já nos disseram que a ciência não emancipa, ela também escraviza. Basta levar em conta o quão dependentes somos dos bens materiais que temos ou desejamos;
ü  Quanto à LETRA C, ela não nos interessa porque o enunciado nos disse que o século 20 mitificou a razão: oras, um outro nome para a suposta “neutralidade científica” ou para o suposto “progresso tecnológico” é “Shoah” ou Holocausto;
ü  Você vai esquecer a LETRA D logo de cara: numa perspectiva frankfurtiana, a ciência nunca é meramente formal, mas sim uma expressão de forças sociais e de vontades políticas que determinam relações de poder;
ü  Portanto, a correta é a “LETRA E” que dialoga com o enunciado ao demonstrar como os positivistas precisam ser colocados em xeque: técnica e tecnologia não são sinônimos de progresso moral, cultural ou intelectual. Ao contrário, elas também feitas de ruídos e catástrofes.

FRANKFURT NO BRASIL
Para encerrar, vale dizer que temos grandes representantes do pensamento frankfurtiano entre nós, a exemplo de Marcos Nobre, professor de Filosofia da UNICAMP e de Vladimir Safatle, da USP e colunista da FOLHA.
Abraços e até a próxima!

Profábio

A UERJ E A PM

A UERJ E A PM

Para apresentar o nosso tema de hoje, trago a vocês uma importante líder social brasileira, Yasmin Oliveira. Pois é bem provável que você veja isso como ironia, porém o fato é que a rolezeira aí em questão é uma mocinha que tem X seguidores no face e já mobilizou multidões em direção aos shoppings. Dessa forma, não seria difícil concordar com Clóvis de Barros quando afirma que os rolezinhos tem lá o seu grau de subversão, pois eles fizeram com que esses templos do consumo passassem a dar visibilidade a uma galera que só gravitava no andar debaixo da sociedade. Bora ver como a UERJ trata disso.

... NOVA CLASSE MÉDIA?
Existe um debate bem interessante sobre os impactos sociais da chamada Era Lula. Tudo bem, nós sabemos que essa expressão é quase um palavrão hoje no país devido aos ânimos exaltados... Mas o que nos importa aqui hoje é demonstrar, mais uma vez, como  os vestibulares podem ser um interessante instrumento de análise social. Então, eu convido um cara bem interessante para dar o tom da conversa.
O Renato Meirelles é um publicitário que fundou a agência Data Popular, especializada em nos estudos sobre o comportamento social e econômico dos consumidores de baixa renda. Ele trabalhou junto da SAE, a Secretaria de Assuntos Estratégicos, do Governo Lula. E, dessa forma, os seus estudos contribuiram de maneira decisiva na compreensão de quem são, como pensam e se comportam as mais de 30 milhões de pessoas que ascenderam socialmente das classes de E e D.
O que isso significa? Isso significa que, ao longo da Era Lula, o Brasil se tornou, definitivamente, um país de classe média. Ou seja, cerca de 55% da população brasileira estaria nas raias da chamada “Classe C” e teria uma faixa salarial de cerca de R$ 1,2 mil. Que fique claro: isso é uma estatística nacional e, portanto, estamos deixando de lado as desigualdades regionais. E o que isso tem a ver com o vestibular? Vejamos a questão 01 do 1º exame de qualificação da UERJ de 2015

Realizada em 08/06/14, a prova demonstra um excelente timing com as atualidades, afinal foi no primeiro semestre daquele ano que as mídias passaram a dar maior visibilidade a um “movimento social” que já tinha cara, corpo e nome: os rolezinhos. E a questão exige de você uma leitura atenta aos aspectos gráficos, visuais do desenho do mestre Angeli.  Sendo assim, vejamos as alternativas:
ü  A LETRA A seria impossível, pois primeiro que precisamos manter o foco na crítica que o artista faz do comportamento policial. E segundo que não faz o menor sentido dizer que os jovens se descontrolam em bando...
ü  A LETRA B é angeliana na veia porque indica uma estranha lucidez nos policiais que reconhecem que a obrigação profissional vai na contramão da identificação social, afinal são pagos para protegerem o shopping de seus vizinhos! Ops, de seus pares!
ü  Quanto à LETRA C digamos que ela não vem ao caso porque, na verdade, a charge indica o momento em que os policiais identificam, digamos, os seus inimigos;
ü  A LETRA D não dialoga com o conteúdo da charge. E outra, né? É bem provável que afirmações como essa tem uma alta carga ideológica, pois há quem diga que shopping não é lugar de sociabilidade, mas sim de consumo.

EU E O MEU ROLÊ
Antes de encerrar, vale revisar o nosso raciocínio, olha só: o crescimento do mercado interno empoderou a ascensão econômica de milhões de pessoas; essas pessoas passaram a ter acesso a novas mercadorias; sendo assim, passaram a frequentar mais shoppings que não ficam nas periferias, mas sim nos centros urbanos, certo? Dessa forma, os seus códigos sociais causaram certo estranhamento naqueles para quem os shoppings sempre foram construídos. Que tal, faz sentido?
Nesse cenário, você que nos acompanha e já tem uma certa sensibilidade com as humanas, ainda fica se perguntando: “e o que a PM faz dentro de um shopping?!” Oras, me parece que a pergunta então também seria... Consumo entre nós é um privilégio ou é um direito?
Quanto a nós, bem ainda acreditamos que existem outras formas de mobilidade e ascensão sociais além do consumo: o estudo. Por isso, continue nos acompanhando...
Abraços e até a próxima!

Profábio

A UERJ E O BLACK LIVES

A UERJ E O BLACK LIVES
PROF. FÁBIO MONTEIRO

Você sabe a escravidão foi uma das razões da Guerra Civil. Mas apesar de ser abolida em 1863, os ruídos de suas correntes ainda puderam ser ouvidos ao longo de todo século 20, a exemplo da história de “Mississipi em chamas”, um filme de De Palma. Em 1876, vários estados adotaram a famosa lei Jim Crow que institucionalizou a segregação racial dos espaços públicos, tal como você viu no filme. A chamada ‘Era Jim Crow’ durou até 1964 e foi extinta a muito custo pelos movimentos dos civil rights, tal como a Marcha para Washington liderada por Luther King em 1963. Bora pra UERJ!

BLACK LIVE MATTERS
A repressão policial não tem sido tema só no Brasil. Nos últimos meses, a mídia internacional também tem se dedicado a dar visibilidade aos casos de violência policial nos EUA. Mas não é só isso, as vítimas desses, digamos, excessos de força, são, na maioria das vezes, os afro-americanas. Tanto é assim que, de acordo com a ONU, a média de homicídios dos afro-americanos é oito vezes maior que a dos brancos, e gira em torno de 20 cabeças por 100 mil pessoas.
Foi por essas e outras que, em 2012, surgiu um movimento como o “Black Live Matters”, cujo link nós vamos deixar aqui no vídeo para que você também conheça. O movimento ganhou impulso após um segurança branco ter sido absolvido pelo assassinato de um jovem negro desarmado, na Flórida. Desde então, como informa o seu próprio site, o movimento conquistado cada vez mais apoio ao propósito de dar publicidade às vítimas da violência policial.
Porém, o BLM não é unanimidade e tem provocado grandes discussões, afinal só as vidas negras importam? E seria mesmo a mera publicidade dos fatos uma forma de ativismo político? Pois é, esses ruídos ideológicos existem e, digamos, que fizeram até o Obama se pronunciar a respeito. Imagino que você tenha  notado o quão espinhoso é o tema racial nos EUA...
Quanto à prova da UERJ realizada em 15 de junho de 2016, ela demonstrou um ótimo timing ao dialogar com essas tensões sociais da soceidade estadunidense. A prova te traz uma fotografia de um epsaço público que mostra pessoas brancas passando diante de uma faixa com o nome do movimento. E isso ocorre no dia de celebração do Dia de Martin Luther King, que é um feriado nacional celebrado na terceira segunda-feira de janeiro, próximo da data de seu aniversário que é no dia 15/01. Bem, vamos ao enunciado da questão 57 da prova da UERJ de 2016, realizada em 15/06/15

Você já notou que a nossa exposição já te traduziu o enunciado, então agora só resta chamar a atenção para o seu ponto central: a contradição entre o forte sentido democrático da ordem política norte-americana e a intensa carga racial que ela contém. Sendo assim, vejamos as alternativas:
ü  A LETRA A até pode te seduzir os despreparados, afinal apesar de sua truculência e brutalidade, a KKK não chegou a ser um grupo paramilitar no sentido tradicional do termo;
ü  A LETRA B não responde a questão porque os movimentos sociais antirracistas foram autônomos e espontâneos, eles partiram de dentro das próprias comunidades religiosas e musicais negras;
ü  A LETRA C responde a questão, mas eu diria que exige uma atenção especial: aqui você deve se lembrar que a segregação racial nos EUA foi legal, ou seja, ela fez parte do corpo jurídico das federações, apesar do país se dizer a terra da liberdade, ok?
ü  A LETRA D não contempla os nossos interesses porque o tema da questão é étnico, e não tecnológico. 
VIDAS IMPORTAM
Talvez seja oportuno aproveitar esse tema e fazer um paralelo com o Brasil, pois nós também tivemos séculos de escravidão que deixaram cicatrizes históricas em nosso tecido social. Mas, um detalhe: ao contrário dos EUA onde a segregação foi institucionalizada nas leis, aqui no Brasil a segregação e o racismo sempre encontraram outros caminhos para expressarem as suas violências.
Oras, nós temos a 4º população carcerária do mundo, e isso corresponde a uma população de cerca de 620 mil pessoas, sendo que 62% delas são consideradas negras. Além disso, como diz a campanha da Anistia Internacional 30 mil jovens por ano são mortos no Brasil, sendo 77% deles negros.
Dito de outra forma, dizer que não há racismo no Brasil significa fechar os olhos para a seguinte realidade: o negro aqui é duplamente discriminado, tanto pela cor de sua pele quanto pelas suas condições econômicas.
Abraços e até a próxima!
Profábio



A FUVEST E O DESTINO MANIFESTO

A FUVEST E O DESTINO MANIFESTO

Austeridade. Essa é uma palavra que nós, brasileiros, conhecemos pouco. De acordo com o Aurélio, ela também significa rigor, severidade e cuidado. Em termos mais teóricos, austeridade é o exercício de não se deixar levar por aquilo que agrada aos sentimentos. Em termos mais práticos, austeridade envolve um planejamento, o estabelecimento de metas a serem cumpridas, uma espécie de projeto de vida. E isso parece que os norte-americanos conhecem bem. E aí, ‘bora dar um pulo na FUVEST para tratar de história dos EUA?

DESTINO MANIFESTO
Você já deve ter ouvido falar a respeito das reformas religiosas colocadas em prática por Martinho Lutero lá no começo do século 17. Bastante desapontado com os rumos mercantilistas da irgeja católica romana, Lutero tratou de alinhar o cristianismo segundo suas convicções do que seriam as virtudes originais dessa crença. Mas para isso, contou com o apoio da prensa de tipo móvel de Gutemberg que promoveu a vulgarização da Bíblia e, então, possibilitou o irreversível avanço do letramento da população europeia.
Dessa maneira, você bem sabe, as doutrinas protestantes ganharam cada vez mais adeptos nos estados nacionais que se formavam na Europa: assim surgiram éticas como as dos huguenotes, dos calvinistas, dos presbiterianos e dos puritanos que passaram a valorizar cada vez mais a convicção na restauração da fé  através da individualidade e a crença de que o trabalho material também seria sinônimo de elevação espiritual.
E isso é algo que você pode encontrar no filme “Sangue Negro”, de P. T. Anderson que trata da conquista do Oeste norte-americano. O filme vai te contar a história de Daniel Plainview, isto é, aquele que tem o horizonte como meta. De olho nas minas de petróleo no Oeste, ele se depara com um Paul Dano (sim, o mesmo Dwayne de Litlle Miss Sunshine) que é um líder carismático que se apresenta como um empecilho ao seu empreendedorismo.
Em primeiro plano, você terá o embate entre a força de vontade do capital de Plainview  contra a obstinação do carisma de um pastor que não pretende perder o prestígio, o status, a sua reputação como líder comunitário. E o que isso tem a ver com a FUVEST? Bem, vamos ao enunciado da questão 61 da prova da FUVEST de 2016

A citação te indica que a conformação da nação norte-americana também foi marcada por valores cotidianos trazidos do imaginário europeu, assim como pelo imaginário da reforma protestante ligados à ideia de que o trabalho seria uma forma de redenção espiritual. Nesse sentido, caberia aos colonizadores do Novo Mundo fecundar o território que lhes era predestinado com virtudes como o suor, a dedicação e a prosperidade. Claro, individuais. Afinal, quanto mais rico o indivíduo, mais ricas seria a vida social. Sendo assim, vejamos as alternativas:
ü  A LETRA A responde a questão ao demonstrar que a expressão “destino manifesto” traduz os valores ligados à ideia de “predestinação”, ou seja, como diria o cantor folk Woody Guthrie, porque esta é a minha terra, esta também é a sua terra. Diante disso, o que nos resta é livre competição como uma forma de aprimoramento social;
ü  Quanto à LETRA B, digamos que ela não responde a questão por vários motivos, sendo o primeiro deles o fato de que a história da comunidade judaica sempre esteve ligada a dois conceitos contraditórios: dispersão e coesão comunitária;
ü  A LETRA C é impossível, afinal o multiculturalismo é um campo de estudo que se desenvolve sim, nos EUA, mas nos anos 1980 em decorrência de uma conjuntura econômica bem específica;
ü  A LETRA D faz uma confusão que é fácil de se identificar, pois você sabe que o calvinismo valoriza sim a individualidade. E que o expansionismo rumo ao Oeste foi resultado de iniciativas privadas, já que os estadunidenses detestam a presença social do Estado.
ü  A LETRA E também não responde a questão, afinal o século 19 norte-americano  deixou para Hollywood uma lição significativa no século 20: índio bom é índio morto, certo John Wayne? 

THE WEST IS THE BEST
Caso vocês ainda não conheçam o trabalho do diretor P. T. Anderson, vale a pena conhecer não só o “Sangue Negro”, como também a cinematografia desse realizador. Em primeiro lugar, porque em “Sangue Negro” você terá uma excelente performance de Daniel Day Lewis.
Em segundo lugar, porque os filmes de Anderson envolvem personagens que encarnam os dramas do chamado “american way of life” no sentido de enfrentarem os limites do sonho americano. Em outras palavras, o potencial da expressão “self made man” costuma ser levado ao limite em seus filmes.
Abraços e até a próxima!

Profábio

A FUVEST E A CULTURA AFRICA-BRASIL

A FUVEST E A CULTURA AFRICA-BRASIL

Vamos direto ao assunto: nós somos uma sociedade racista? (MAGNOLI de 7’36” a 8’17”) Em seu livro, “Uma gota de sangue”, o professor Magnoli pode te falar mais a respeito da história comparada do racismo nos EUA e no Brasil. Ou então, você pode dar um pulo no cinema brasileiro mesmo para compreender isso melhor com seus próprios olhos (Ó PAI Ó de 1’05” a 1’30”). Bem, voltemos à FUVEST de 2016.

NEGRA HISTÓRIA
Em 2003, o Governo Lula encampou uma reivindicação histórica do movimento negro: o ensino da história e da cultura afro-brasileira e africana com a aprovação da Lei 10.639. A partir dessa lei, as escolas de ensino fundamental e médio e outras instituições brasileiras encararam a importância de se atualizar e valorizar as matrizes africanas que formam a diversidade cultural brasileira.
Oras, a importância disso está no filme que acabamos de ver, ou seja, na necessidade de saber como localizar e enfrentar o preconceito e a discriminação racial no Brasil. Claro que é bem provável que, alguns aqui entre nós, pensem que estou defendendo o Governo Lula e comecem a reclamar de doutrinação e esses mimimis cafonas e digam que esse papo de preconceito também se resolve na economia.
Veja, penso que não seja bem o caso, porque estamos tratando do reconhecimento e da afirmação de tradições culturais que, segundo o IBGE, fazem com que cerca de 90 milhões de brasileiros optem por se auto afirmarem “pardos”. Ou seja, me parece que se nós não fazemos parte da cultura afro, ela ao menos está entre nós.
Tanto é assim que os vestibulares têm dialogado cada vez mais com referências afro-brasileiras ou africanas, tal como o livro Terra Sonâmbula do moçambicano Mia Couto, que é a sua leitura obrigatória para a UNICAMP, certo? E o livro Mayombe, do ex-guerrilheiro “Pepetela”, que é exigido pela FUVEST.  Como você sabe, Pepetela é o condinome de guerra de Marcos Pestana que vai te narrar os dramas individuais dos combatentes do MPLA. Pois é, MPLA que você já ouviu na canção “Morena de Angola”, que Chico Buarque compôs para Clara Nunes em 1980 e que fala de uma morena que, quem sabe, não fica afoita para dançar nas chamas da batalha”. de Angola. Bem, como se lê, afro-brasilidade se tornou uma linguagem corrente entre nós, então vamos ao enunciado da questão 78 da prova da FUVEST de 2016  

ü  Pode-se dizer que a questão só lhe exige bom senso e praticidade para reconhecer que a alternativa C é aquela que contempla o enunciado ao citar os países lusófonos. Aliás, são os mesmos países citados na música “Zumbi”, lançada numa versão acústica por Jorge Ben no disco Tábua de Esmeralda em 1974. Vale a pena conhecer;

ÁFRICA É AQUI
Antes de terminar, vale convidar vocês para conhecer o nosso spotify, pois lá você vai encontrar uma série de trilhas sonoras ligadas às humanidades. E por lá você também encontra outro discaço do Jorge Bem, o “África Brasil” que completa 40 anos de idade neste 2016.
Dou três motivos porque você tem que conhecer esse disco: 1º) Porque nele Jorge deixa o violão e opta pela guitarra e pela cozinha africana para mergulhar, de vez, na MPB; 2º) Porque sendo você vestibulando ou estudante, você tem que ter repertório cultural; 3º) Porque Jorge é mestre;
Abraços e até a próxima!

Profábio

A FUVEST E O BRASIL IMPÉRIO

A FUVEST E O BRASIL IMPÉRIO

Como bom estudante, você deve se lembrar que nós fomos o último país a abolir a escravidão mercantil no mundo ocidental. Quer mais? Ainda fomos responsáveis por receber cerca de 40% do contingente populacional arrancado às forças do continente africano. Dessa forma, esse sistema de trabalho chamado escravidão foi naturalizado de tal forma que se converteu em uma linguagem que contaminou as nossas relações culturais e políticas. Preparem-se, hoje vamos visitar o Brasil Império na FUVEST DE 2016.

ESCRAVIDÃO E TRABALHO
Como você sabe, a escravidão africana começa a tomar conta das costas de nosso país já no século 16. E segundo o historiador Boris Fausto devido a conjunção de três fatores:
01. Primeiro devido à catástrofe demográfica que abateu a população indígena que era vitimada por sucessivas epidemias trazidas pelos homens do Velho Mundo;
02) Segundo porque a escravização indígena enfrentava forte resistência das ordens religiosas que tinham lá as suas convicções missionárias que queriam fazer do índio “bons cristãos”;
03) Terceiro porque nas décadas finais do século 16, o comércio de escravos já se mostrava como uma alternativa econômica altamente rentável que destinava mão de obras às diversas atividades. De tal modo que no apogeu da economia açucareira, por volta dos 1650, o custo de aquisição de um escravo negro era amortizado entre 13 e 16 meses de trabalho.
Dessa maneira, o chamado tráfico negreiro foi marcado por ondas de migrações forçadas que chegaram até o século 19 arrancaram negros de diferentes regiões do continente africano, sendo Salvador e Rio de Janeiro os principais centros importadores dos cativos africanos, como se pode ler no gráfico apresentado pela questão 83 da prova da FUVEST de 2016.  

O gráfico foi extraído dos estudos do renomado historiador da UFRJ, Manolo Florentino, que, dentre outras coisas, demonstram que o comércio de cativos foi um mecanismo econômico altamente lucrativo que fez de muitos traficantes uma parcela significativa da elite política brasileira naquele momento de construção do Estado nacional brasileiro logo após a independência do país.
Isso significa reconhecer que a resistência ao projeto abolicionista estava enraizada no projeto de formação da nação brasileira. E que mesmo muito endividada com os banqueiros ingleses, a elite brasileira fez vista grossas ao liberalismo inglês. Bom, pelo menos até 1850 quando as esquadras marítimas da rainha Vitória decidiram invadir as águas brasileiras a fim de reprimir decisivamente o negócio de cativos. Bem, dado esse cenário, sejamos objetivos com as alternativas:
ü  A LETRA A está errada porque vai contra as informações do gráfico que demonstram que a escravidão ainda era predominante nos primeiros 30 anos do Império apesar de leis como a de 1831 que permitia à Inglaterra inspecionar os navios negreiros em alto mar.
ü  A LETRA B está equivocada porque o tráfico negreiro sempre foi uma atividade constante em nossa história;
ü  A LETRA C responde a questão ao exigir que o candidato reconheça, por exemplo, que apesar da ruptura política com Portugal, a independência também foi marcada por permanências históricas, a exemplo da escravidão;
ü  A LETRA D também vai na contra mão do enunciado que denuncia a força que o tráfico negreiro sempre exerceu em nossa economia;
ü  A LETRA E também não responde a questão porque você sempre vai desconfiar desses advérbios de modo, certo? E em termos históricos, você sabe que o Brasil levou cerca de quarenta anos para aderir à pauta abolicionista também porque escravo é moeda: se você o abole, o Império vai te indenizar?

... MAMA ÁFRICA?
Para encerrar, vale chamar a atenção para o fato de que os temas ligados à escravidão têm sido revisitados desde a década de 1980. Pois é, de certa forma, o centenário da abolição estimulou interpretações que passaram a valorizar as diversas formas de resistência à escravidão, às possibilidades de negociação entre senhores e escravos e até mesmo de constituições de laços familiares no seio escravista.
E como diz Florentino em entrevista à Revista de História, apesar de muito sofrimento e dor, a presença do negro em nossa história deve ser encarada como um ensinamento, afinal permitiu o desenvolvimento de uma civilização plural e com uma agenda cultural bastante avançada dentro dos padrões ocidentais.
 Abraços e até a próxima!

Profábio

A FUVEST E ANTONIL

A FUVEST E ANTONIL

O Brasil é o "inferno dos negros, o purgatório dos brancos e paraíso dos mulatos e das mulatas". Essas são as palavras do jesuíta italiano João Antônio, mais conhecido como André João Antonil, que esteve por aqui no século 17 e nos deixou um poderoso retrato do cotidiano da nossa sociedade açucareira. E pra gente entrar no clima do brasil colonial. Pois é, essa é uma das obras-primas do grande Vladimir Carvalho realizada em 1969 e que vai nos acompanhar em nosso passeio pela FUVEST de 2015.

ANGU, FEIJÃO E COUVE
Os escritos do jesuíta Antonil são frequentes nos manuais de vestibulares, afinal o seu livro “Cultura e populência do Brasil por suas drogas e minas”, publicado em 1711, é um excelente retrato do cotidiano de um brasil colonial que via as pedras preciosas das minas gerais assumirem o protagonismo econômico que um dia havia sido da produção açucareira nordestina.
Bem, eu tive a felicidade de estudar História na UFOP. Morei em Mariana, que foi fundada em 1969 e entrou para a história como sendo a primeira vila e a primeira cidade das Minas Gerais. Sim, claro: também frequentei Ouro Preto com ladeiras sem fim e suas ‘trocentas’ igrejas reluzentes. O Antonil também passou por lá nos idos de 1700 e achou bastante curioso o fato de as pessoas terem o hábito de comerem angu, feijão e couve. E passados 300 anos, esteja certo de que você ainda vai encontrar essas delícias por lá.
Outra expressão bastante frequente de Antonil nos manuais didáticos diz respeito à escravidão quando ele diz que os “escravos são as mãos e os pés dos senhores”. Então, que tal voltar ao filme para se ter uma ideia do aroma do engenho? 
Bem, o historiador Boris Fausto concordaria com ele ao demonstrar que, se em 1570, os africanos representavam cerca de 7% da mão de obra na zona açucareira, já em 1590, eles eram 37% da mão de obra. E se tornariam a totalidade da força de trabalho já na década de 1640.
Como você pode perceber, esse pupilo do padre Antônio Vieira também foi um historiador bastante atento às condições do seu tempo presente, de maneira que esse seu livro chegou a ser proibido de circular, já que a Coroa acreditava que ele poderia chamar a atenção de seus rivais colonizadores. Porém, mais uma vez, a literatura venceu a política, e eis o texto aqui na questão 06 da prova da FUVEST de 2015

Como você pode notar, o recorte do Antonil valoriza uma economia intermediária entre o açúcar e o ouro das Minas Gerais: o fumo.  Essa economia foi a segunda maior atividade destinada à exportação depois do açúcar e, em grande parte, esteve nas mãos de pequenos proprietários localizados no recôncavo baiano. E ali se produziu os mais diversos tipos de fumo, dos mais refinados para o mercado europeu aos mais grosseiros destinados ao comércio de cativos na África. Bem, dado esse cenário, vamos às alternativas:
ü  A LETRA A não seria adequada porque a economia do tabaco não configura um “ciclo” econômico; ela foi uma atividade periférica que abasteceu o mercado interno;
ü  A LETRA B também não é adequada pelo mesmo motivo: o importante aqui é reconhecer que a FUVEST exige do candidato a sensibilidade de perceber as dinâmicas econômicas internas da colônia, aquelas que escapavam do chamado “pacto colonial’;
ü  A LETRA C está fora de cogitação, afinal mesmo no auge da produção de ouro, estamos em 1760, a produção de açúcar atingia 50% do total das exportações.
ü  A LETRA D não atende às exigências do enunciado, primeiro porque o nosso foco é a economia do tabaco. E depois porque você sabe que é justamente nesse momento, por volta dos 1700, que estamos definitivamente rompendo as linhas do tratado de Tordesilhas junto com os bandeirantes;
ü  Assim, A LETRA E responde a questão porque demonstra a particularidade da economia do tabaco: ela foi importante não só porque foi exportada pelo mundo afora, mas também porque contribui para o desenvolvimento das atividades pecuárias e, assim, para a consolidação de um mercado interno;

CULTURA E OPULÊNCIA
Para encerrar, vale chamar a atenção para o fato de a FUVEST trabalhar com citações de clássicos, isto é, além de apresentar estudos de acadêmicos renomados, algumas vezes ela apresenta documentos históricos que permitem ao candidato o convívio direto com o que nós historiadores também chamamos de fontes primárias.
Nesse sentido, também vale a pena chamar a atenção para o fato da FUVEST fugir dos velhos esquemas “metrópole-colônia” e enfatizar a diversidade econômica do brasil colonial, ou seja, valorizar as dinâmicas econômicas internas e as riquezas da realidade histórica de nossa história colonial.
Abraços e até a próxima!

Profábio