quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

A FUVEST E A CULTURA AFRICA-BRASIL

A FUVEST E A CULTURA AFRICA-BRASIL

Vamos direto ao assunto: nós somos uma sociedade racista? (MAGNOLI de 7’36” a 8’17”) Em seu livro, “Uma gota de sangue”, o professor Magnoli pode te falar mais a respeito da história comparada do racismo nos EUA e no Brasil. Ou então, você pode dar um pulo no cinema brasileiro mesmo para compreender isso melhor com seus próprios olhos (Ó PAI Ó de 1’05” a 1’30”). Bem, voltemos à FUVEST de 2016.

NEGRA HISTÓRIA
Em 2003, o Governo Lula encampou uma reivindicação histórica do movimento negro: o ensino da história e da cultura afro-brasileira e africana com a aprovação da Lei 10.639. A partir dessa lei, as escolas de ensino fundamental e médio e outras instituições brasileiras encararam a importância de se atualizar e valorizar as matrizes africanas que formam a diversidade cultural brasileira.
Oras, a importância disso está no filme que acabamos de ver, ou seja, na necessidade de saber como localizar e enfrentar o preconceito e a discriminação racial no Brasil. Claro que é bem provável que, alguns aqui entre nós, pensem que estou defendendo o Governo Lula e comecem a reclamar de doutrinação e esses mimimis cafonas e digam que esse papo de preconceito também se resolve na economia.
Veja, penso que não seja bem o caso, porque estamos tratando do reconhecimento e da afirmação de tradições culturais que, segundo o IBGE, fazem com que cerca de 90 milhões de brasileiros optem por se auto afirmarem “pardos”. Ou seja, me parece que se nós não fazemos parte da cultura afro, ela ao menos está entre nós.
Tanto é assim que os vestibulares têm dialogado cada vez mais com referências afro-brasileiras ou africanas, tal como o livro Terra Sonâmbula do moçambicano Mia Couto, que é a sua leitura obrigatória para a UNICAMP, certo? E o livro Mayombe, do ex-guerrilheiro “Pepetela”, que é exigido pela FUVEST.  Como você sabe, Pepetela é o condinome de guerra de Marcos Pestana que vai te narrar os dramas individuais dos combatentes do MPLA. Pois é, MPLA que você já ouviu na canção “Morena de Angola”, que Chico Buarque compôs para Clara Nunes em 1980 e que fala de uma morena que, quem sabe, não fica afoita para dançar nas chamas da batalha”. de Angola. Bem, como se lê, afro-brasilidade se tornou uma linguagem corrente entre nós, então vamos ao enunciado da questão 78 da prova da FUVEST de 2016  

ü  Pode-se dizer que a questão só lhe exige bom senso e praticidade para reconhecer que a alternativa C é aquela que contempla o enunciado ao citar os países lusófonos. Aliás, são os mesmos países citados na música “Zumbi”, lançada numa versão acústica por Jorge Ben no disco Tábua de Esmeralda em 1974. Vale a pena conhecer;

ÁFRICA É AQUI
Antes de terminar, vale convidar vocês para conhecer o nosso spotify, pois lá você vai encontrar uma série de trilhas sonoras ligadas às humanidades. E por lá você também encontra outro discaço do Jorge Bem, o “África Brasil” que completa 40 anos de idade neste 2016.
Dou três motivos porque você tem que conhecer esse disco: 1º) Porque nele Jorge deixa o violão e opta pela guitarra e pela cozinha africana para mergulhar, de vez, na MPB; 2º) Porque sendo você vestibulando ou estudante, você tem que ter repertório cultural; 3º) Porque Jorge é mestre;
Abraços e até a próxima!

Profábio

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